Eu não me calava "Temos que ir! Vocês não estão a perceber, a água é purificada... Acreditem em mim, não se vão arrepender." e elas olhavam-me com um ar de seca, porque La Tinaja ficava no outro lado da cidade e iam fazer não sei quantos quilómetros só para beber água. Tanto insisti que consegui vencê-las pelo cansaço (e ainda bem)!
Assim que entrámos, um senhor de óculos com um ar tosco mas muito efusivo, brindou-nos com um sorriso. Gostei logo dele! No meio do meu entusiasmo lá lhe pedi 3 copos de água purificada, pegou numa caneca, mergulhou-a num recipiente com água e encheu-nos os copos. Os meus olhos brilhavam por ter conseguido chegar aquele sítio, parecia uma criança que tinha descoberto o pote mágico do arco-íris. Peguei no copo com firmeza, olhei para elas e rimo-nos muito excitadas como se estivéssemos prestes a beber o elixir da juventude e fôssemos ficar 10 anos mais novas. A água sabia...bem, na verdade sabia ao que qualquer outra água sabe mas pelo menos era fresquinha.
O Pedro Pablo apresentou-se e quando descobriu que éramos portuguesas desatou a debitar todas as asneiras que conhecia na nossa língua e ria-se o tempo todo, contou-nos histórias de um amigo português e no meio de cada frase lá juntava um palavrão, orgulhoso dele próprio. Estava deliciada com aquele senhor e com a sua simpatia.
A curiosidade em provar água purificada (que certamente de purificada não tinha nada, porque muito provavelmente saiu de uma qualquer torneira cubana) transformou-se num dos momentos mais especiais que vivi em Havana e não foi pelas suas qualidades terapêuticas , foi culpa dele, do Pedro, dos palavrões e da forma (pura) com que sorria ao contar-nos as suas histórias.
Olhando para a parede cheia de fotografias lembro-me que lhe prometi enviar a nossa e nunca cheguei a fazê-lo. Vou tratar disso esta semana. O Pedro Pablo merece!
Assim que entrámos, um senhor de óculos com um ar tosco mas muito efusivo, brindou-nos com um sorriso. Gostei logo dele! No meio do meu entusiasmo lá lhe pedi 3 copos de água purificada, pegou numa caneca, mergulhou-a num recipiente com água e encheu-nos os copos. Os meus olhos brilhavam por ter conseguido chegar aquele sítio, parecia uma criança que tinha descoberto o pote mágico do arco-íris. Peguei no copo com firmeza, olhei para elas e rimo-nos muito excitadas como se estivéssemos prestes a beber o elixir da juventude e fôssemos ficar 10 anos mais novas. A água sabia...bem, na verdade sabia ao que qualquer outra água sabe mas pelo menos era fresquinha.
O Pedro Pablo apresentou-se e quando descobriu que éramos portuguesas desatou a debitar todas as asneiras que conhecia na nossa língua e ria-se o tempo todo, contou-nos histórias de um amigo português e no meio de cada frase lá juntava um palavrão, orgulhoso dele próprio. Estava deliciada com aquele senhor e com a sua simpatia.
A curiosidade em provar água purificada (que certamente de purificada não tinha nada, porque muito provavelmente saiu de uma qualquer torneira cubana) transformou-se num dos momentos mais especiais que vivi em Havana e não foi pelas suas qualidades terapêuticas , foi culpa dele, do Pedro, dos palavrões e da forma (pura) com que sorria ao contar-nos as suas histórias.
Olhando para a parede cheia de fotografias lembro-me que lhe prometi enviar a nossa e nunca cheguei a fazê-lo. Vou tratar disso esta semana. O Pedro Pablo merece!
Parabens pelo teu blog bazinha! venham mais historias para recordar!! *
ResponderEliminarObrigada!!! E certamente vais reconhecer mais alguns sorrisos :) *
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