Guardei o calor húmido que se colava ao corpo (que me sabia tão bem), o cheiro da terra molhada, a textura da fruta pão, a cor do sumo de ananás com papaia, a imensidão de tons de verde que encontrava no meio das florestas, as trovoadas inesperadas que rasgavam o mar (o mesmo onde mergulhava à noite e me deixava o corpo e a alma bem quentes), os 30º às 2 da manhã, o sabor do gelado de manteiga de amendoim, o cheiro da loção com repelente na minha pele, a brisa quente que me abraçava, os olhos grandes, redondos, brilhantes e doces que me sorriam por toda a parte, os pés descalços mas felizes, as mil cores das mil flores e as borboletas a voar numa dança só delas, o som da música e o meu corpo a balançar, a confiança das mães a transportarem os seus bebés às costas ao mesmo tempo que transportavam uma parafernália de objectos na cabeça, o salgado da banana frita, o tempo que não passava, os horários que não existiam (porque em São Tomé tudo é "leve leve"), a descomplicação, a simplicidade e os sorriso das crianças que me enchiam o coração.
Foi num passeio pela praia que nos cruzámos, ao longe conseguia ouvir as gargalhas, ver os salpicos de água e a forma despreocupada com que brincavam, senti que aquilo lhes bastava, aquela liberdade para serem aquilo que são... Apenas crianças! Naquele momento deixou de me fazer qualquer sentido voltar a deitar-me na espreguiçadeira da praia do resort, só queria fazer parte daquele mundo... De um mundo onde são genuinamente felizes com aquilo que (não) têm!
Belo post!! :')
ResponderEliminarPalavras para quê?!
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Obrigada Ivânia!!! :)
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